"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho..." (Carlos Drummond andrade)
Belas palavras, verdadeiras palavras, quantas pedras não existem em nosso caminho?
Quantas pedras não tem estado presentes no nosso dia a dia, nas estradas da nossa vida?
Sim, certamente muitas pedras, certamente muitas dores.
Pedras grandes e pequenas, pedras feias, e pedras mais feias ainda, pedras pesadas, pedras duras.
E como as pedras, a vida é dura.
Será que a vida é dura?
Uma grande dúvida, uma incerteza, ou uma verdade?
A verdade é que a caminhada não pode parar, a vida não pode parar, o caminho longo, cheio de pedras sim, pedras que fazem os pés doerem, mas esse caminho doloroso, ardúo há de nos levar para algum lugar.
O caminho das pedras, das pedras da vida, que faz doer, que nos faz sofrer, esse mesmo caminho nos ensina também, nos purifica, nos faz crescer, amadurecer.
Estranho, díficil de aceitar, díficil de entender, mas com o coração aberto, com desejo de viver, nós entendemos e acolhermos, e podermos com as pedras do caminho construir escadas, pontes, altares. Das dores, das feridas, podem sair amor, misericórdia, acolhida.
Assim é a vida, pedras, caminhada, lágrimas e sorrisos.
Mas a certeza, de chegar muito além, para isso só não posso parar, parar nas pedras, parar na dor.
Caminhando, caminhando, eu chegarei onde é preciso.
Eu? Não quero parar de caminhar nunca!
Claudia